Historia em resumo

A mais séria paródia que jamais ouvi foi esta:"No começo era o absurdo, e o absurdo era, por Deus!, e Deus (divino) era o absurdo." Friedrich Nietzsche

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O caso Abel.

Por muito tempo, Caim foi responsabilizado pela morte de seu irmão. A ele foram atribuídos os mais sórdidos adjetivos, porém, poucos pensaram em analisar esse caso de forma a fazer jus a esse personagem.
Visando isso, proponho o levantamento de algumas questões simples. O primeiro fato a ser estudado é a onisciência de Deus, que se caracteriza pelo conhecimento de todas as coisas, independente do tempo, ou seja, Deus tem o consciência de tudo o que aconteceu, acontece e vai acontecer.
Pra melhor entender onde pretendo chegar, vamos aproximar esse caso através de um exemplo real. O que seria do médico que consciente da impropriedade de certo medicamento o aplica indiscriminadamente em seus pacientes? Mesmo que houvesse a possibilidade da sobrevivência de alguns, em caso de morte, seria ele o responsável? Acredito que sim.
E assim, no meu modo de ver, Deus faz pior, pois ao saber de todas as coisas não cogita a possibilidade de um desvio, pois sabe exatamente as conseqüências de seus atos.
Retornando a Caim, esse mata o seu irmão, porém, o assassinato é conseqüência imediata de uma provocação divina, pois Deus incita o ciúme de Caim ao menosprezar sua oferta e elogiar assiduamente a de Abel. O que agrava esse fato é que Deus sabia da conseqüência de tais atos, ele sabia que ao elogiar Abel e menosprezar Caim, o ultimo mataria o primeiro.
Com isso Deus assume um papel diabólico, para usar um termo bíblico, na trama do assassinato de Abel.
E não satisfeito, recompensa Caim, de certa forma, pois esse não morreria pelas mãos de terceiros, vivendo assim como errante na terra.

Ulisses Maciel

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