Historia em resumo

A mais séria paródia que jamais ouvi foi esta:"No começo era o absurdo, e o absurdo era, por Deus!, e Deus (divino) era o absurdo." Friedrich Nietzsche

sábado, 11 de dezembro de 2010

À liberdade de expressão proposta pela imprensa.

Confunde-se muito nos dias de hoje a relação entre liberdade de expressão com direito de expressar o que vem a cabeça, sem levar em consideração o valor do que será dito; o popularmente conhecido pelo termo cagar pela boca. Apesar do termo, não haveria forma melhor de classificar o papo fiado que muitas vezes perdura por horas na TV brasileira. F. Silva, um dos mais famosos apresentadores da TV, membro permanente e um dos maiores representantes da maior emissora do país, serve aqui como exemplo mor, não querendo de forma alguma menosprezar as outras emissoras responsáveis por essa merda que nos é empurrada goela abaixo por décadas. Desta forma torna-se difícil montar no Brasil uma figura capaz de representar a cultura brasileira como espelho para formação de uma população esclarecida, abandonando assim a referência pejorativa do termo povo, massa, como uma parcela da população desprovida de inteligência.

Ulisses Maciel

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Monólogo - Eu inacabado

Eu me encontro numa sala não diferente de muitas outras por ai, rodeado de livros os quais nunca li, nada muda à minha percepção, nada, exceto eu.

Mudo mesmo contra a minha vontade, todo o esforço que faço para permanecer o mesmo é em vão. Tive uma idéia, e se eu eliminar todos os espelhos? Isso mesmo, todos os espelhos, talvez nem mesmo eu, mude à minha percepção.

Ouvi certa vez, ou será que eu li? Não, acredito que não, não leio nada. Se tivesse nascido cego não me faria diferença, sendo assim, acredito que tenha chegado a essa conclusão sozinho. Que conclusão? Você deve estar se perguntando. Que a vida é como uma doença degenerativa, ela te mata com o passar do tempo, os sintomas são diferentes, o sofrimento existe, porém boa parte das vezes respeita uma regularidade suportável.

Eu me encontro numa sala não diferente de muitas outras por ai, rodeado de livros os quais todos li, tudo muda a minha percepção, tudo, exceto eu.

Não que eu não mude em relação ao mundo, mas o mundo insiste em não mudar em relação a mim.

Ouvi certa vez, ou será que eu li Certamente eu li, ninguém seria capaz de me dizer algo tão profundo. O que eu li? você deve estar se perguntando. Que a vida é como uma doença degenerativa, ela te mata com o passar do tempo, os sintomas não são diferentes, o sofrimento existe, porem boa parte das vezes respeita uma regularidade suportável.

Ulisses Maciel

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Deus misericordioso ?".

Estando os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado. Os que o acharam apanhando lenha trouxeram-no a Moisés e a Arão, e a toda congregação, e o puseram sobre guarda, porque ainda não estava determinado o que se devia fazer com ele. Então disse o Senhor a Moisés: Tal homem será morto. Toda congregação o apedrejará fora do acampamento. Portanto, toda congregação o levou para fora do acampamento, e o apedrejaram até que morreu, como o Senhor ordenara a Moisés.

Números, 15, 32-36

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

The Atheism Tapes


Download - Copie e cole o link
http://downloads.ziddu.com/downloadfile/6954859/Ateismo.by.Heverton.www.bestdocs.com.br.txt.html

A moral

A moral tem sua concepção no resultado de crenças em verdades, conceitos de bem e mal, impostos no decorrer dos séculos sem objeção. Sendo cristalizadas na mente das pessoas, dificultam, se não impossibilitam a busca por uma segunda análise ou opinião. Não venho recriminar toda e qualquer forma de moral vigente, porém, cabe aqui, sim, analisar alguns dos hábitos considerados por nós morais ou imorais e porque o fazemos.
No velho testamento da Bíblia mais precisamente em Levítico, capitulo vinte, versículo treze diz: se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos fizeram abominação. Certamente serão mortos, e o seu sangue será sobre eles. Mais adiante temos no capitulo vinte e um versículos dezoito, a seguinte citação: Nenhum homem, caso tenha defeito físico, se chegara para oferecer o pão do seu Deus, nenhum homem que seja cego, coxo, desfigurado ou deformado.
Esses são apenas dois pequenos versos do maior guia moral da humanidade, que nos aconselha às praticas mais sórdidas de preconceito e discriminação e que por séculos nos levou a queimar, torturar, extorquir, reprimir e eliminar qualquer indivíduo por simplesmente divergir idéias.

Ulisses Maciel

terça-feira, 21 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Língua e Realidade

Pensando a respeito da relação entre língua(gem) e realidade chequei a conclusão de que a linguagem seja ela verbal ou imagética se relaciona com o objeto assim como nós nos relacionamos com a realidade, a língua(gem) pode ser entendida como uma busca pela representação do mundo através das palavras, porém quando escrevo, escrevo palavras e não o mundo que busco representar. Da mesma forma quando em contato com a “realidade” essa se faz a realidade dos sentidos, não sendo possível perceber-la em si; o que nos torna indivíduos com distintas interpretações do mundo. Se fosse possível a nós enxergar a realidade em si, nada mais natural do que obtermos a mesma interpretação do objeto, Friedrich Nietzsche em seu Humano Demasiado Humano I, afirma que o homem pensou ter realmente na linguagem conhecido o mundo. Ele afirma ainda que o criador da linguagem não foi modesto a ponto de crer que dava as coisas apenas denominações, mas imaginou, sim, exprimir com as palavras o supremo saber das coisas.

Ulisses Maciel

A leitura

A leitura tem como papel fundamental no acesso à questões que não se pode atingir sozinho, mas para que se obtenha desse hábito um maior benefício, deve-se respeitar um intervalo que permita-nos refletir o tema estudado, e só então prosseguir.
Ulisses Maciel

A Filosofia como Religião

A minha religião é a Filosofia e quando questionado sobre em que acredita o filósofo, penso que a questão não é acreditar, mas sim a constante busca pelo em que acreditar. O filósofo sabe no que acredita porem não sabe por quanto tempo acredita no que acredita, tendo em mente a consciência do vir a ser, que nos (des)constrói diariamente. O que não nos permite impor de maneira alguma uma verdade que não seja temporária.

Ulisses Maciel

sábado, 28 de agosto de 2010

Genialidade amordaçada

Perguntamos impacientemente, onde estão os gênios da contemporaneidade? Estariam eles a surgir, ou amordaçados em bibliotecas escuras sobre páginas de um amontoado de livros não lidos? O que faz de um indivíduo gênio? Segundo Nietzsche qualquer indivíduo que não possua dois terços do dia para si é um escravo, o gênio seria antes de qualquer coisa um espírito livre, ou seja, aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo. Ele é a exceção; opondo-se à tradição, procura um conhecimento inteiramente individual do mundo.
Eu penso que para se libertar das amarras que nos são impostas atualmente, é necessário um viver para si, que se torna cada dia mais difícil numa sociedade onde as pessoas não são capazes de entender, com profundidade, nem mesmo o papel que desempenham, são como máquinas programadas a executar tarefas, das quais não fazem idéia o porquê.
Considerando o fato de que vivemos na era da informação, certa vez o escritor português José Saramago questionou: Imaginem que eu receba em casa, um único jornal aos domingos, certamente tiraria dele um bom proveito; multiplicando esse número por cinqüenta, qual proveito eu teria? Essa pergunta retrata a quantidade de informação a qual somos expostos diariamente, e a real aprendizagem que tiramos dela, permitindo a nós concluir-mos que vivemos sim a era da informação, que resulta simultaneamente na era dos desinformados, da superficialidade. Sendo assim, o nível necessário para a formação de um gênio ou até mesmo para o seu reconhecimento se torna extremamente reduzido.

Ulisses Maciel

domingo, 22 de agosto de 2010

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Embriagado pelo aroma das flores.

A barca da humanidade, pensamos, tem um calado cada vez maior, à medida que é mais carregada; acredita-se que quanto mais profundo o pensamento do homem, quanto mais delicado o seu sentimento, quanto mais elevada sua auto-estima, quanto maior a distância dos outros animais - quanto mais ele aparece como gênio entre os animais -, tanto mais perto chega da real essência do mundo e de seu conhecimento: isso ele realmente faz com a ciência, mas acredita fazê-lo mais ainda com suas religiões e suas artes.
O erro tornou o homem profundo, delicado, inventivo a ponto de fazer brotar as religiões e as artes. O puro conhecimento teria sido incapaz disso. Quem nos desvendasse a essência do mundo, nos causaria a todos a mais incômoda desilusão. Não é o mundo como coisa em si, mas o mundo como representação (como erro) que é tão rico em significado, tão profundo, maravilhoso, portador de felicidade e infelicidade.

Friedrich Nietzsche

sábado, 14 de agosto de 2010

Reflexão sobre "Breath" de Samuel Beckett

Analisando a peça cheguei à conclusão de que esse cenário demonstra uma aproximação à realidade do momento que encaramos como sendo a passagem do estado vivente para o estado de morte no contexto atual de nossa sociedade. Ao contrário do que acreditamos, morrer não tem nenhuma relação com o transcender ao paraíso, se atentar-mos para o detalhe do suspiro agonizante que remete ao titulo da peça, podemos nos aproximar dessa conclusão.

Ulisses Maciel

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A felicidade

A consciência infeliz é a única forma de consciência possível. A felicidade é inconsciente. O consenso em prol da dispersão e do divertimento seria consenso em prol da inconsciência, do desmaio. A atual dispersão da sociedade seria resultado da busca geral de felicidade: as imagens nos tornariam mais e mais felizes, porque nos dispersam e nos divertem sempre mais perfeitamente. A utopia, o país das delicias, estaria ao alcance da mão, logo, todos seremos felizes. Todos seremos boca que suga imagens, e ânus que devolve o que a boca sugou das imagens (feedback). Sociedade de consumo. Tal felicidade geral é do tipo que a psicanálise chama de "fase oral-anal", e do tipo "jardim de infância" (embora poluído por excrementos indigestos). Tal felicidade geral e generalizada é precisamente o que o termo "cultura de massa" significa. O indivíduo dispersado e distraído, o indivíduo inconsciente, passa a ser elemento de massa, do "coletivo inconsciente", e as imagens que o divertem passam a ser os sonhos coletivos. Sonhos de massa. Vista assim, a atual dispersão da sociedade se afigura tendência rumo à cultura de massa, à inconsciência geral, à felicidade.

Vilém Flusser

terça-feira, 27 de julho de 2010

O ser...

Estive pensando...
Talvez isso não seja o suficiente, o suficiente, suficiente...
Talvez não seja.
Se é que se pode ser alguma coisa, coisa, uma coisa...
Considerando o fato de que nascendo morto,
ao morrer nunca existiu.

Ulisses Maciel

quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Escrever é...

"A expressão de que não há nada a expressar, nada com que expressar, nada a partir do que expressar, nenhuma possibilidade de expressar, nenhum desejo de expressar, aliado á obrigação de expressar."
Samuel Beckett

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A linguagem e sua impossibilidade de ser além.

Eu digo, escuto, escrevo e leio palavras que fingem ser mais que palavras mesmo que não possam ser além de palavras. Ao escrever, corpo, morte, vida, todo o trabalho que tenho são quatro ou cinco letras. O meu corpo não é o mesmo que o seu e mesmo assim se chama corpo, a minha vida não é a mesma que a sua e mesmo assim se chama vida e não é diferente com a morte.

Ulisses Maciel

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Em quantos dias se criou deus?

Ao observar que, até os mais fanáticos dos religiosos temem a morte, tive a curiosidade de questionar: como uma certeza carregada por toda uma vida é posta em duvida? Como independentemente das inúmeras recompensas que os aguardam na pós-morte, tudo que suas expressões são capazes de mostrar é uma profunda agonia alimentada pela incerteza do vir a ser?
Pensando nisso tomei a liberdade de afirmar que de maneira independente de nossas crenças, o nosso corpo assim como nossa inconsciência nos alerta para a proximidade do fim.
A criação de Deus se dá no momento em que o ser humano não aceita sua condição, sendo assim, cria-se uma esperança de que o homem na verdade é um “super-homem” eterno para além do corpo e a vida uma provação divina pela qual se deve passar. Com isso somos levados, com o auxilio de ilusões, à não aceitação de que vivemos sem um propósito maior (vida eterna).
Viver é o único direcionamento possível e encontrar uma forma de melhor viver seria o que chamo de propósito da vida.

Ulisses Maciel

terça-feira, 6 de julho de 2010

Democracia

Considerando a impossibilidade humana de viver em total liberdade, definiria a democracia como um dos inumeráveis ideais impostos no decorrer da história, incompatíveis com a nossa dependência natural do objeto, seja ele material ou humano.

Ulisses Maciel

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Já pensou se seguíssemos a filosofia ao pé da letra?

Afirmaria a minha existência da seguinte forma: tudo que sou é uma impressão de mim, pois ao afirmar o que sou já não sou, fui.

Ulisses Maciel

Verdade

O conceito de verdade se encontra condenado ao devir, devendo sua impossibilidade à incerteza do vir a ser no tempo.

Ulisses Maciel

Ateísmo

Ao ser questionado sobre a existência de Deus, respondi afirmativamente, pois, a partir do momento em que o criamos com o intuito de nos confortar diante de nossa finitude, ele existe. Mas não como Criador e sim como criatura.

Ulisses Maciel

domingo, 4 de julho de 2010

Samuel Beckett - Ohio Impromptu

Discórdia

Eu sou um Homem em constante busca pela discórdia, não desejo que concordem comigo, mas sim o contrário, o conflito é responsável pela evolução em todos os aspectos da humanidade, o marasmo e a concordância só nos leva a paz e a paz nos estagna nos acomoda e nos priva do sentido que nos difere dos outros, o pensamento.

Ulisses Maciel

Acreditar em tudo o que é dito por homens que acreditam dizer o que foi dito por Deus. Não há nada que limite mais o espírito humano do que a fé.

Ulisses Maciel

Café filosofico - Nietzsche



Essa é apenas a primeira parte do programa, quem se interessar pode acessar as outras no You Tube.

sábado, 20 de março de 2010

Cristianismo

O que é o cristianismo, senão a esperança que nos mantêm presos à inércia e a ilusão de que abdicando de nossas vidas viveremos.

Ulisses Maciel