Historia em resumo

A mais séria paródia que jamais ouvi foi esta:"No começo era o absurdo, e o absurdo era, por Deus!, e Deus (divino) era o absurdo." Friedrich Nietzsche

sábado, 28 de agosto de 2010

Genialidade amordaçada

Perguntamos impacientemente, onde estão os gênios da contemporaneidade? Estariam eles a surgir, ou amordaçados em bibliotecas escuras sobre páginas de um amontoado de livros não lidos? O que faz de um indivíduo gênio? Segundo Nietzsche qualquer indivíduo que não possua dois terços do dia para si é um escravo, o gênio seria antes de qualquer coisa um espírito livre, ou seja, aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo. Ele é a exceção; opondo-se à tradição, procura um conhecimento inteiramente individual do mundo.
Eu penso que para se libertar das amarras que nos são impostas atualmente, é necessário um viver para si, que se torna cada dia mais difícil numa sociedade onde as pessoas não são capazes de entender, com profundidade, nem mesmo o papel que desempenham, são como máquinas programadas a executar tarefas, das quais não fazem idéia o porquê.
Considerando o fato de que vivemos na era da informação, certa vez o escritor português José Saramago questionou: Imaginem que eu receba em casa, um único jornal aos domingos, certamente tiraria dele um bom proveito; multiplicando esse número por cinqüenta, qual proveito eu teria? Essa pergunta retrata a quantidade de informação a qual somos expostos diariamente, e a real aprendizagem que tiramos dela, permitindo a nós concluir-mos que vivemos sim a era da informação, que resulta simultaneamente na era dos desinformados, da superficialidade. Sendo assim, o nível necessário para a formação de um gênio ou até mesmo para o seu reconhecimento se torna extremamente reduzido.

Ulisses Maciel

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